A pirâmide inca do morro do Araçoiaba




Na região de Sorocaba, interior paulista, onde se encontra a cidade de Araçoiaba da Serra e a Floresta de Ipanema, está localizado o morro do Araçoiaba. O Nome Araçoiaba, é originado do tronco lingüístico Tupi antigo, que significa:"lugar que esconde o sol". A altitude no ponto mais elevado é de aproximadamente 900 metros acima do nível do mar.A cobertura vegetal é rica pela diversidade de espécies, podendo-se encontrar representantes da Mata Atlântica. Floresta Tropical, Cerrado e transição, O subsolo apresenta importantes jazidas de certos minerais abordando magnetita (minério de ferro), calcário de ótimo teor, xisto argiloso, apatita (fosfato), diorito (pedra verde), granito em abundância, além de imensas lages de grés, mais conhecido como arenito glacial de cores e texturas diferentes. Toda essa riqueza mineral tem provocado a exploração por centenas de anos das jazidas minerais da serra do Araçoiaba, começando pelo bandeirante José Afonso Sardinha que desbravou a região no final do século XVIII, onde entrou em conflito com os habitantes naturais da região, os índios Tupiniquins. Em 1810, Dom João VI, criou por decreto oficial o "Estabelecimento Montanhístico de Extração de Ferro das Minas de Sorocaba", que originou o primeiro empreendimento siderúrgico de caráter industrial do continente americano, que funcionou até 1895. As ruínas da antiga fábrica de ferro ainda se encontram bem conservadas e fazem parte dos atrativos históricos da região. Mas o que mais desperta a curiosidade do visitante do Araçoiaba são os vestígios históricos pré-colombianos encontrados no local. Curiosas formações rochosas como uma suposta pirâmide construida pelos incas no topo do morro; dois supostos dolmens que estão orientados exatamente na mesma direção, além de segmentos empedrados do antigo caminho do Peabiru são citados desde há séculos pelos desbravadores da serra do Araçoiaba como o médico naturalista francês, João Maurício Faivre, fundador da Colônia Tereza em 1847, que mais tarde originou o município de Cândido de Abreu, e que publicou em 1855: Quando abria no Ivahí a estrada entre Colônia Santa Teresa, Ponta Grossa e Guarapuava, descendo para o litoral paulista, encontrei um caminho de terra batida que pensei ser aberto por jesuítas da Companhia de Jesus, e que, em verdade, é de origem ignorada. Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior, no morro de Araçoiaba, descobri uma verdadeira“pirâmide”, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, penso que seria um sinal de orientação aos caminhantes”. Tempos depois, nesta “pirâmide”, alguns pesquisadores locais teriam constatado a existência de ideogramas desconhecidos e foram brindados também, com estranhas descobertas de cerâmicas indígenas, incisas e de fino talhe, bem como inúmeras urnas funerárias ou igaçabas.No livro de José Monteiro Salazar “ Araçoiaba e Ipanema” também encontramos relatos intrigantes a respeito dos vestígios:
..."Citaríamos, ainda, uma estranha pirâmide que exite no morro de Araçoiaba, aparentemente obra da natureza, mas onde pode-se notar, investigando bem, a existência de pedras formando verdadeira escada até seu topo. Ao lado, há um montículo menor, com uma abertura e pela qual, seguindo-se um corredor, percorre-se todo o trajeto subterrâneo em torno de um núcleo. é como se se colocasse uma tigela dentro de outra muito maior.
Fato singular: em Machu Pichu, no Peru, próximo a Cuzco, cujas ruínas ainda não são bem explicadas, há um Monte-Pai e um Monte-Filho. Outro fato interessante: "Machu-Pichu significa "O lugar que esconde o sol". Essa é também a significação de Araçoiaba em Tupiniquim, ou antes, em tupi.
Apesar de hoje em dia ser protegida pelo Ibama, a serra do Araçoiaba continua sendo explorada pondo em risco a conservação de seus importantes sítios históricos, atualmente a região abriga uma base da marinha (ARAMAR)que trabalha com enriquecimento de urânio e produz motores para submarinos nucleares.A fim de resgatar e preservar o patrimônio histórico brasileiro, o Grupo de Estudos Manoa publica suas pesquisas para divulgar a riqueza histórica de nosso país, e a falta de interesse das autoridades competentes em preserva-las.
(Wlademir Vieira-Pesquisador do Grupo de Estudos Manoa)

Comentários

Unknown disse…
Boa Noite,
Gostaria de saber se ja foram efetuadas pesquisas nas ruinas da referida piramide, onde indica o uso de equipamentos de escalada para descidas verticais? Existiu ou, existem camara ou galerias profundas nesse morro que ainda nao tenham sido exploradas?
Marisa Lima disse…
Olá
Morro em Araçoiaba , bem proxima ao Morro, faço trilhas e tbm estudo sobre a trilha de Peabiru.
Ja fui até essa entrada da piramide estou tendo alguns contatos com pesquisadores nas culturas pré colonbianas, podemos juntar informações.

Marisa Lima
Araçoiaba da Serra
marisaterapia@terra.com.br
yinyang2005@hotmail.com
Providiano Cientologia disse…
Omega e marisa lima.. sobre pesquisas e artefatos dentro dessa piramide... desculpem mas vcs chegaram tarde !!! o pessoal da pro vida e o próprio celso charuri, ja coletaram tudo !!!
Dagoberto Mebius disse…
Olá pessoal! Cheguei aqui agora praticamente 5 anos depois do último "post", mas acredito que dá tempo de fazer um comentário que irá desapontar alguns e trazer para a realidade uns outros tantos.
Na verdade o morro Araçoiaba é uma formação de arenito da série Bauru, bastante friável, e com ocorrência de minerais como apatita, magnetita e etc., sem apresença de minerais raroS, como ouro, prata ou pedras raras. Com rochas presentes do Cretáceo e sedimentos do Cenezoico e basaltos da formação da Serra Geral É um morro!, Não é uma serra, é um morro, como tantos outros que deparamos no contexto de elevações no localizadas no planalto paulista. Dessa forma um porção desse morro, muito talvez esculpída por intempéries, por ventos, chuvas e pelas constantes mudanças de temperatura a que foi exposta, tomou a forma piramidal e coberta por líquens e micorrizas, cianobactérias, fungos e algas, transformadas também com o tempo como se fossem impressas, dando a aparência de inscrições hieróglificas e, também apresentando algumas fissuras verticais entre as suas partes, dá a impressão de haver um interior oco, vazio, o que não corresponde a verdade. Com todas essas ocorrências modificadoras o juntadas a essa rocha, muitos imaginam alí uma "pirâmide". Não há nenhuma evidência disso. É uma rocha que se modificou naturalmente e nem de longe lembra uma pirâmide. E quanto a objetos míticos, cacos de cerâmica ou outros artefatos ou objetos, também é uma fantasia, uma história criada pela imaginação de quem alí chegou já com o espírito preparado para encontrar o desconhecido e o fabuloso, depois de tantas histórias arroladas pelo tempo. Estou a disposição para responder quaisquer perguntas ou sanar qualquer dúvida a respeito do assunto. Dagoberto Mebius - e.mail dagmebius@hotmail.com
Dagoberto Mebius disse…
Em tempo: sou autor do mapa fde localização das primeiras forjas, no morro do Araçoiaba, e autos das gravuras e ilustrações do livro "O Esconderijo do Sol", de José Monteiro Salazar.

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